sexta-feira, 3 de dezembro de 2010





O MINEIRO.

O desafio do grupo de poetisas da Internet era tirar palavras de um Sopão e fazer um conto. Aceitei o desafio e escrevi o “sopão” abaixo...
O MINEIRO.

Benedito, sentado no vaso da toalete da pensão onde morava, ruminava pensamentos. Morador no interior mineiro, aos 40 anos ainda não casara, nem sequer era um pai solteiro como muitos. Não que fosse infértil, mas não tinha sorte com as mulheres.
A bem da verdade, se achava horroroso. Resolvido o problema com o vaso, levantou-se e decidiu fazer a barba, pois fora convidado para uma festa na casa da Joaninha, um puteiro da cidade.
Aceitara o convite porque seguia o “paradigma” de que “ em rio que tem piranha, jacaré nada de costas...”
Gostaria mesmo era de ir a um baile, onde pudesse usar máscara. Tinha complexo de seu nariz. Se pudesse reduzir o naso que a genealogia o tinha brindado, agradeceria ao santo de sua devoção, São Benedito,pela graça alcançada. Ao fazer a barba, machucou-se justamente na ponta do nariz e teve de botar merthiolate no corte, deixando-o pesaroso. Seu diformismo era de estarrecer!
Consolou-se, não era corrupto como certo político que conhecia e sim, um trabalhador de campo que sabia dirigir trator .Não iria sub-rogar atenção especial de ninguém, pensou.
De repente sentiu-se uma raridade, havia tantas mulheres para um homem que teve um pensamento otimista: “ em tempos de vacas magras até um carangueijo como ele tinha chance. Animou-se: substituição do nariz? Nem pensar...

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