sábado, 26 de março de 2011







CHUVA DE OUTONO. Tenini

( Olhar jacarandá - des. Tenini)

São 18 h e estou em casa neste dia chuvoso de Outono.

Preferia os amarelos da alegria, mas Deus me deu os cinzas, de um dia em que choveu o dia todo.


Não uma chuva tormentosa , mas calma e persistente, como a minha vida se tornou agora.

Não, minha alma não está em grisalmas porque acredito num amanhã radioso, como o olhar da minha filha, ainda adolescente.

Olho pela janela e diviso os pingos de chuva a tamborilarem de leve nas vidraças da janela e juro que ouço, ainda, o suave dedilhar de Ernesto Cortázar, em Autumn rose, ressoando


neste pequeno estúdio da minha casa e que outrora foi o quarto da minha menina.

Mas, há ventos que agitam as árvores lá fora, embora os frutos que balançam estejam ainda muito verdes, esperando a maturação completa.

Logo, em maio eles serão as ofertas que a Natureza nos brindará para saborearmos suas doçuras, sem nada pedir em troca, a não ser os cuidados durante a floração para que possam


ser saudáveis e apetitosos.

Pedem que as terras sejam ricas e nutrientes e não secas e áridas que nada produzem, como a lembrarem que precisamos aprender sempre para que possamos criar obras cada vez


melhores.

Depois, tudo recomeça a se recompor na Natureza, tão logo atravessem o Inverno.

Se prestarmos atenção, a nossa vida segue no mesmo ritimo da Natureza, em compassos diversos, mas que darão os mesmos resultados...

Restam as velhas árvores, como devo estar agora, embora me sinta eternamente jovem.

Sei que um dia tombarei porque tudo vai se extinguir e nos perderemos na mesma terra em que as árvores se decompõem.

Mas nossas experiências e o que tivermos aprendido durante a nossa presença aqui na Terra serão lembradas por tão poucos que ficaríamos tristes se pudessemos voltar para ver.

Melhor não voltar.

Mas agora, ante a tela iluminada, sei que há luz no fim do túnel e que há a estrada a percorrer em busca dessa mágica claridade do Amor e do Amanhã eterno.

Enquanto isto, vivo a vida presente com os olhos em ouros e esmeraldas a perscrutar o meu Destino.

quinta-feira, 24 de março de 2011


VINASCO.

Ele entrou na minha página do facebook e se diz um militar graduado colombiano...
Colombiano? Hummm,
Mas aquele vinasco ficou martelando na minha cabeça.
Todo bêbado ou bebedor contumaz de qualquer bebida nega que seja alcoólatra.
E os bebedores de vinho gostam de afirmar que tomam apenas para proteger o coração...
Quanto á proteção do coração, concordo, porque na verdade, aturar um bebedor de vinho pelas mulheres é algo divino que necessita a proteção do Anjo da Guarda.
O cara arrota, funga e bufa vinho azedo, pois a incursão do vinho para o estômago misturado aos ácidos estomacais, azeda... e, haja saco para aguentar o bafo e o fungar do dito cujo. :))))))))))
Sò uma “ Amélia” para viver com um cara assim.
Quem pensar que eu falo com conhecimento de causa, acertou.
Meu marido bebia de tudo, por etapas. Na fase do vinho era pior porque o resultado do vinho em excesso dava os resultados citados acima.
Por essas e outras observações é que estou desconfiada que o meu fiel seguidor no facebook seja alguém daqui mesmo, porque conheço certo cidadão que é bebedor contumaz de vinho , embora ele afirme que não é alcoolista e só toma um cálice nas refeições, como bom mentiroso que costuma ser.
Os sintomas são todos aqueles que estão citados neste texto...
Ser Amélia?
Uma vez na vida é o suficiente para, inclusive escrever esta crônica, vocês concordam ?