terça-feira, 9 de novembro de 2010


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Tenini

NOSTRADAMUS.
Percebe-se que as pessoas, devido às dificuldades que atravessam, tendem a buscar soluções mágicas para seus problemas, então, acreditam em tudo que os oportunistas da ilusão comercializada publicam .
Parece existir máfias que se aproveitam da ingenuidade do povo, tão sofrido em suas dificuldades. E é uma fatia editorial que está rendendo muito aos pseudos“magos” com alguma facilidade para escrever.
Lembramos Nostradamus, em suas profecias, que sempre foram objetos de especulações e as previsões, comparadas aos fatos acontecidos, são fruto mais das mentes distorcidas das pessoas que procuram enquadrar o que pensam dentro das palavras que foram escritas pelo famoso “adivinho”.
Nostradamus nasceu em Saint-Rémy, Provence, na França, em 1503 e dicidira ser médico. A sua formação foi um tanto atabalhoada, mesmo assim, granjeou prestígio entre os camponeses , quando grassou uma febre bubônica e teve um razoável desempenho, que lhe trouxe respeito até entre colegas.
Paralela à medicina, Nostradamus voltou-se para as práticas místicas. Passou a observar os fenômenos astrológicos que o levaram a se proclamar como adivinhador do futuro. No início, limitou-se aos almanaques astrológicos, prática comum na época, para prever o tempo e as fases da Lua. Em 1555, publicou as Centúrias, que tiveram sucesso imediato, por usar, deliberadamente, forma de expressão enigmática propondo adivinhações que atravessariam os séculos até 3797!
Seus textos deixavam margem a que os observadores críticos pudessem fazer as mais diversas interpretaçôes.
A rainha Catarina ,da França, ingenuamente, deixou-se levar por ele que era o médico de seu filho, o rei Carlos IX . Com isso, passou a fazer horóscopos para a família real, mas sempre com o cuidado de não desagradar seus protetores, pois a guilhotina rondaria. (Hoje, em publicações jornalísticas, os “videntes” bajulam os protetores em troca da visibilidade e do emprego.)
Muitos contemporâneos ilustres de Nostradamus, entre os quais um dos maiores poetas franceses, Pierre de Ronsard, conservaram-se céticos a respeito de suas profecias ou, pior, consideravam o vidente um charlatão esperto que explorava a credulidade das pessoas.
Na verdade, a sua linguagem enigmática, escrita em várias línguas, ensejou mais de 400 interpretações diferentes . Só que hoje, vemos multiplicados aproveitadores da ingenuidade pública, que mascarando-se no ocultismo e outras denominações, investem na linguagem explícita de assédio, sedução e sexo, visando o lucro fácil do modismo e que vem infestando mídias faladas e escritas, tirando espaços para assuntos verdadeiramente necessários ou importantes e que deveriam ser abordados num país tão cheio de problemas, carente de soluções para as questões sociais.
Enfim, tolos existem e esta fatia deverá ser contemplada por eles.
Penso que a esperança é a que nos anima a prosseguir nas lutas pela sobrevivência, em tempos difíceis, mas acreditar nas previsões dos oportunistas, é ingenuidade , para não dizer outra palavra muito conhecida que se inicia com a letra b.

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